domingo, 20 de maio de 2012

Esta foi uma demonstração, a convite do Mestre António Duarte - responsável pela classe de KickBoxing do Real Sport Clube - na 1ª Gala de KickBoxing que decorreu na Escola Secundária Stuart de Carvalhais.

Com muito pouco tempo de ensaio (cerca de 2 aulas) esta demonstração correu muito bem, tendo o desempenho de todos sido muito bom.

Apesar de prevista para as 21.45 horas, iniciou-se perto da meia noite. A espera foi cansativa mas, no fim, correu bem.


A filmagem esteve a cargo da mãe do Ricardo Ribeiro a quem agradeço. 

terça-feira, 15 de maio de 2012

A verdade... nua e crua!

Caros leitores deste "espaço de ideias". Ao "passear" pelas ruas movimentadas do conhecido Facebook, que, quer queiramos quer não, é uma "montra" de ideias e ideais, dei de caras com um "link", postado pelo Sensei Paul Coleman que vale a pena ler.
Este artigo foi escrito pelo Sensei Steve Rowe sobre o "poder" das graduações e a sua relação entre aluno/treinador.
Por ir de encontro às minhas maiores convicções e por corresponder INTEGRALMENTE à ideia que tenho sobre o assunto, não pude deixar de vos sugerir a sua leitura.
Cabe-me aqui referir que não conheço (nem bem nem mal), o autor deste artigo. Desconheço as suas competências mas abraço e assumo como coincidentes com as minhas, as suas ideias  expressas neste magnífico artigo.
Já por várias vezes aqui referi este assunto e é gratificante ver neste texto, a confirmação daquilo que entendo ser "a verdade".

Leiam, apreciem, reflictam e comentem, se o desejarem...

Saudações de um "ronin" alentejano...

domingo, 13 de maio de 2012

Aprender...

Ao abraçar a vida de karateka tenho tido uma vida repleta de experiências:

Conquistei vitórias...
Assumi derrotas...
Cultivei amigos...
Ganhei inimigos...
Consolidei relações...
Conheci diferenças...
Reconheci semelhanças...
Apanhei decepções
Aprendi com jovens e com os menos jovens...
A eles ensinei também...
Admiro a diversidade...
Contorno a adversidade...
Continuo não com a mesma energia mas com mais alguma sabedoria...

Assim tenho conseguido viver, sobreviver e continuar a aprender... com trabalho, e o apoio de um grupo fantástico de amigos que comigo trilham o caminho.

A todos os que, de alguma forma, contribuem para que eu seja melhor pessoa e melhor karateka, manifesto o meu sincero agradecimento... pela amizade e pelo apoio dado ao longo dos anos.

De uma longa lista, destaco os mais antigos, não esquecendo nunca os mais recentes:

João Ramalho, Marco Cruz, Jorge Quaresma, Nuno Santos, Armando Inocentes, Jorge Peixoto, Leonardo Pereira, Carlos Pereira, Fernando Santos; Gonçalo e Pedro Damas, Jorge Viana.

Que a vida nos continue a juntar no mesmo espírito de partilha e amizade! 

Bem Hajam.





terça-feira, 8 de maio de 2012

Kata infantil... é possível?



É mesmo possível ensinar Kata a crianças de modo a que ela seja executada correctamente? 
Sem querer parecer tendencioso no que respeita ao "conflito" velha escola vs. nova escola, acredito que sim. 
As novas tendências sobre o ensino do karate acreditam que é prematuro ensinar kata às crianças de tenra idade. Não é sequer, produtivo, indicam elas. Fruto da mistura Educação Física/ Arte Marcial, estes conceitos inovadores têm a suportá-los, estudos científicos na área, que respeito e aceito, mas com algumas condições - O Karate não é (só) educação física. É uma disciplina complexa, com códigos próprios, que se rege por regras incontornáveis - A sua origem, a sua etiqueta, o seu sistema de graduações, entre outros.
Não quero que entendam com este comentário, que me oponho à aplicação dos novos conceitos de treino onde se inclui o trabalho de coordenação motora e velocidade, associados a tarefas de carácter lúdico. Eu próprio as utilizo porque as acho fundamentais. Ao que eu me oponho é à exclusividade deste tipo de treino. Não consigo entender porque é tão difícil ou contraproducente, ensinar kata (de forma correcta) às crianças - Kata é coordenação, Kata é disciplina, Kata é equilíbrio, Kata é trabalho mental - não são estes elementos essenciais à formação dos jovens? O Karate não assenta como base no trabalho de Kata? Não é karate o que fazemos? Então qual é a dificuldade? Dá trabalho? Claro que sim. Exige muito tempo de correcção? Claro que sim.
Sem querer estabelecer paralelismos com o Japão porque tal não é possível por razões de ordem cultural, o vídeo que apresento aqui é o exemplo de Kata executado por crianças de tenra idade (quem me dera que alguns adultos que treinam comigo a executassem assim!).
A coordenação e a concentração exibidas por estes (muito) jovens praticantes é assombrosa. Só no Japão? Talvez. Mas podemos aproximar-nos disto. Com muito trabalho, sim, mas é possível.
Existem muitos karatekas licenciados em Educação Física, o que é bom. Alguns dos erros graves, dos quais ainda existem hoje "vítimas", deixaram de se cometer. Os conhecimentos sobre a fisiologia, motricidade e até, psicologia do desporto vieram trazer ao treino de karate, mais valias que permitem hoje, treinar-se mais correctamente produzindo muito bons resultados. 
Contudo não devemos esquecer que a vertente desportiva do karate é muito mais recente que a sua componente "marcial" (embora não goste muito deste termo).
Os Karatekas que nós veneramos hoje não fazem treinos segundo as "regras da educação física" - fazem-no como o faziam quem lhes ensinou. E nós seguimo-los fascinados mas depois, temos dificuldade em aceitar esse regime de treino nos nossos Dojos. Há aqui uma enorme contradição.
O Sensei Higaonna, O Sensei Taira, O Sensei Onaga, entre outros, certamente acreditam num tipo de treino que assenta em bases ancestrais e com o qual atingiram o nível que lhes conhecemos. 
Quando comecei a treinar, as aulas eram muito duras do ponto de vista físico. Não raras vezes se chegava a casa cheio de nódoas negras e umas ou outra escoriação - isso é impensável hoje em dia! - Não estou a afirmar que estava 100% correcto, mas que se obtinham resultados diferentes, é verdade. Muitos do karatekas de "topo" surgiram dessa escola. 
Karate não é só educação física - tenhamos consciência disto! Karate é uma disciplina completa e complexa, que envolve uma grande componente física. Aprendemos agora que, a disciplina aliada a bons conhecimentos de educação física são a receita para uma boa base de aprendizagem... 
Olhando para os jovens karatekas do vídeo podemos pensar: como se consegue um resultado destes? Também não sei responder mas acredito numa coisa... com muito trabalho, disciplina, tempo e paciência. Quantos de nós, com o tipo de vida que levamos, consegue conciliar e reunir estas condições? Pois é... temos muitos alunos e pouco tempo. É lixado!
Um bom dia a todos!

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Cintos, Faixas, Kyus e Dans...

As graduações... sempre as graduações. Ai de nós se não levamos os alunos a exame. Que raio de instrutor é que está mais de 3 ou 4 meses sem levar o aluno a exame? O que é que os putos andam lá a fazer? O meu filho já treina há mais de 6 meses sem fazer exame e ali no Dojo ao lado, já fizeram 2. 
Qual é o instrutor que ainda não ouviu isto? Dos miúdos?... sim, alguns questionam-se sobre isto, mas de alguns pais, sim, com demasiada frequência. 
Há tempos tive a "grata" surpresa de ser confrontado com uma mãe que estava muito "decepcionada" comigo (para usar as suas próprias palavras) porque tinha levado alguns alunos a exame antes do seu filho que já lá andava há mais tempo. "Andava" era mesmo o termo porque o miúdo (provavelmente sem ser sua culpa) treinava de modo intermitente - aparecia um dia, faltava dois. Respondi-lhe que a decepção era minha pela sua atitude porque o miúdo não tinha a frequência de aulas necessária para a subida de graduação e que, em última análise, essa decisão, por carecer de conhecimento técnico, cabia-me a mim.
Claro está... nunca mais vi o miúdo. Já falei neste assunto em outros posts mas continuo a achar que as graduações são mais para os pais do que para os alunos. 
As graduações são assim tão importantes? Não interessa muito mais o que se aprende? Não é esse o objectivo, ou são as "faixas coloridas"? 
Não coloquem essa pressão nos miúdos...  deixem-nos treinar porque as graduações aparecem naturalmente, mas se demorarem... questionem-se honestamente porquê. 
Um cinto é apenas pano... o que conta é o que se aprende e isso, não se traz à cintura.

Boa semana a todos!